quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

E a luta continua...

Caros amigos,
   Meu pai foi internado domingo,23/01.Seu quadro clínico piorou muito.Infelizmente ele adquiriu uma pneumonia e está desidratado.Desde então tenho acompanhado bem de perto seu tratamento. Sinto uma dor imensa, é um sentimento de perda que se mistura com várias outras emoções indescritíveis. Palavras são insuficientes para expressar este momento. Vê-lo assim tão desprotegido, incapaz de demonstrar qualquer reação me deixa intensamente fragilizada, gostaria muitissimo de poder reverter essa situação, de poder dar a meu querido pai dias felizes, mas quem sou eu...
  Tenho feito muitas reflexões a respeito do caminho que cada um de nós busca para alcançar a felicidade. Penso que perdemos muito tempo dedicando a coisas materiais e a essência da vida - o amor ,tem ficado cada vez mais distante.Deixamos de doar o amor na busca desenfreada de se atingir o sucesso material. Alimenta-se o ego pela posse dos bens e o alimento do espírito fica comprometido.O ser humano está cada vez mais longe do humano pois o irracional em evidência sufoca as ações de solidaridade, de compaixão, de sentimento de família e as pessoas se tornam seres mutilados de valores, incapazes de expressar através de ações o AMOR incondicional ,capaz de transformar qualquer amarga experiência em aprendizagem no nosso processo de evolução.
" Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O começo

  Recebemos oficialmente a notícia da doença de meu pai há mais ou menos três anos e meio. Na ocasião, acompanhei meus pais a vários neurologistas e o diagnóstico era sempre o mesmo: Mal de Alzheimer. A minha primeira reação foi a de não aceitação da doença, depois veio a revolta, a tristeza e a dor de ver uma pessoa tão inteligente e culta (apesar do pouco estudo), ir perdendo a memória. Veio junto com a dor, o sentimento de impotência. 
  Hoje, ver pai em uma casa de repouso (por mais cuidados que receba) me faz repensar a vida. Percebo com muita clareza como é importante nos preparar para a velhice, tanto no aspecto físico e emocional quanto no financeiro. É imprescindível uma reestruturação educacional, política e social em nosso país em relação aos idosos. Em outras sociedades e organizações, o idoso é respeitado pela sua sabedoria e experiência de vida.
  Na situação em que meu pai se encontra hoje, já com a doença bem avançada, só posso dizer que meu sentimento é de profunda tristeza. Quando pensei na criação deste blog, foi com a intenção de dividir a minha dor com as pessoas que vivem o mesmo problema e somar forças para continuar essa caminhada. Afinal, estamos aqui para evoluir e aprender com as dificuldades. Quero compartilhar com vocês informações, tirar dúvidas para compreender melhor essa doença e assim poder ajudar meu pai.